sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

SEM PUDOR NEM AMOR

Sem pudor nem amor

Ohhh formosa dama,
Tornas-te minha mente insana
Só nos vejo nus na cama
Suados, mas não cansados!
Infinitos orgasmos...

Teu simples andar
Na mais modesta discrição
Já basta pra me transformar
Em um bruto animal
Completamente irracional!

Teu puro olhar, natural
Isento de todo mal
Ja fomenta meu íntimo
De inaceitáveis instintos!

Tua simples presença
Desmorona meus valores
Sem fé nem crença
Lanço aos céus desavenças:

“Deuses, santos ou demônios
Tirem-me a visão
Ou até mesmo a vida
Pois não há mais saída
Atordoado de desejo
Nessa vontade desmedida
Instalada em meu peito
Sinto pulsar na veia
A força que me domina
Já temo a certeza,
Em delírios de tesão
Mas com toda delicadeza...

ESTUPRA-LA-EI!!!!!!”
Uhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

"...é melhor ser alegre que ser triste..." ja dizia o poeta.

O homem é escravo dos seus desejos!
Dilemas, temas, dúvidas, penar
Morrer de amor ou viver sem amar?

Ser cigarra
Morrer no inverno mas cantar no verão?
Ahhh!! A delícia da Emoção!

Ser formiga
Sobreviver ao inverno mas trabalhar no verão?
Ehhh!! A prudente Razão!

O tempo corre, tem pressa em nos ver mortos, e em meio à esse tufão é necessário fazer inúmeras escolhas! O tempo escorre pelo corpo, deixa no rosto suas linhas, que deformam, derrubam!!! Leva a beleza, a força, a mocidade, a primavera e suas flores, só deixa os frutos que mais tarde apodrecerão! O tempo nos tira quase tudo necessário para usarmos com a experiência que nos deixa, então, de que adianta ter todo o conhecimento se não temos os instrumentos? Ahh se o tempo nos permitisse a conjugação perfeita dessas qualidades, ahh se ele desse vida a essa orquestra!!!Mistérios da vida!!
Mas depois de levar toda nossa energia, ao menos podemos fazer da velhice, com a experiência que nos resta, uma grande quimera. Na velhice chegam não só os cabelos branco mas também a calma e quem sabe a paz; aquela presente no vento, na antiga música que toca no velho rádio, nas lembranças da juventude e dos amores, no amargo gole de café quente numa manhã fria de chuva fina , o despertar do dia em uma manhã de primavera quando todo orvalho ainda pousa sobre as flores e nas cores que meu avô tanto admira!
O homem vive em uma eterna antítese, nesses infinitos prós e contras. Tudo que é bom também é ruim. É preciso engolir muito fel antes de sentir o docê da conquista!!!
É preciso lutar pela vitória, sofrer para amar, plantar para colher e se estragar para enlouquecer!!! Ahhhhhh a loucura!! Divino prazer, mas como tudo na vida não só nos dá, também nos tira! E assim é a vida, para as virtudes se luta, para os vícios se nasce! Para a real prudência se vive(coragem), para julgar se acha!! E para viver muitas vezes se mata os sonhos de criança!
E é nessa infinita antítese que se instala a fundamental escolha, “morrer” ( há mil formas) e encerrar nesse ato toda a dor do mundo e da vida ou permanecer vivo, estando exposto a todas as dores do mundo, mas podendo sentir no íntimo da alma, a Delícia da vida??? Ahhhhhh ”A Delícia da vida! A Delícia da vida” .

domingo, 30 de setembro de 2007

Rotina

A culpa foi minha, eu sei...
mas foi assim, rapidinho!
Me distraí, ou melhor
me concentrei demais
e quando dei por mim
ela já tinha ido!

Você a viu por ai?
Falo de minh´alma
louca e inspiradora alma
que me alimenta dos mais loucos desejos
dona de toda minha irresponsabilidade
saudável insensatez!

me entreguei aos deveres
em busca de novos prazeres
e talves por ciúmes
tédio ou desgosto, não sei
a louca se mandou...

com ela presente
meu coração explodia em sentimentos
e meu corpo embriagado
caia em deliciosos devaneios

com ela ausente
meu coração apenas bate
e meu corpo embriagado
vomita o alcool que já
não me inspira!

terça-feira, 25 de setembro de 2007


Há luz no fim do túnel!
e em meio à seca do cerrado
Há ipês floridos!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Política de incentivo à escrita!

Hoje estava pensando, as pessoas precisam escrever mais(além da leitura óbvio)! Se expressar através da escrita é um belo gesto, um agradável momento de intimidade consigo mesmo, concentração, reflexão, entre outras coisas benéficas à alma! Agente acaba se tornando um grande conhecedor de nossos sentimentos! Sem contar a distração e as novas idéias que começam a fluir... ahh quantas coisas passam pela minha cabeça nesse exato momento!!
Então, assim como tem pessoas me incentivando a escrever, gostaria se incentivar outros e que esses outras incentive outros...
Escrever o que seja, basta que venha de dentro e que a expressão seja livre, sincera! Sem nenhum compromisso com explicações detalhadas, pode ser até mesmo um momento de rebeldia sem causa, como se vê nesse nesse meu poema sem nome, com o qual encerro essa postagem!
"Poesia é vida"!

Ei! você, triste madame,
sofrida
trocaria seu banho quente
por uma saudável ducha fria?

ou prefere aguardar
as incertas enxentes
efeitos dessa gente
inconsequente!

seres insentatos
insaciáveis em seus caprichos
presos em uma verdade
que não vai nada além da vaidade!

Evoluídos demais!!
Donos de uma independência
apta a tratar com indiferença
a própria mãe natureza!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bom, o que estou postando hoje era um poesia que seguindo um conselho do amigo Falcão resolvi transformar em texto....ta ae o resultado!

Santa Flor

Não raras as vezes, quando passo por ti, me pego pensando: “Ohh, és a flor mais especial de todo o jardim...”, e penso assim não porque te vejo e sim porque te conheço!
Cai sobre mim essa certeza, que logo é temida pela cruel dúvida: existe alguma certeza absoluta?
Diante desse impasse, passo os olhos por todo o jardim. Aperentemente esplêndido.É então que a pupila dilata, o coração acelera e alguns sentimentos bem primitivos explodem por dentro, é o instinto masculino dominando meu ser! A razão disso, é a variedade de flores, revestidas por diferentes formas, cheiros, cores e todos aqueles encantos que os deuses reservaram somente para elas!
Avisto inúmeras belas flores, ou melhor, aparentemente belas! Interessantes! E como tudo o que é novo e belo: enseja desejos! Mas cauteloso, me mantenho racional, pois sei que meus olhos enganam. Eles veêm, mas muitas vezes não enxergam! Isto é, não conseguem ver a beleza real, aquela que subsistirá apesar do tempo, do bruto tempo!!
Então, desconfiado, ando pelo jardim e me aproximo da suposta bela flor.E como era de se esperar, me entrego aos seus encantos. Doce e suave é o cheiro, hipnotizante é a cor, apaixonante são as formas, tão belas que nem parecem reais, ofuscam toda matéria que a rodeia. Mas me surpreendo ao notar que é no brilho que está toda a sua fragilidade: fugaz, efêmero e vazio! Assim como as outras, não tem forças para perdurar por todas as estações, e então todo o brilho se desvanece: é o fim da primavera!
O desalento se apossa de minh’álma, machuca, e solitário, retorno ao jardim! Ao erguer a cabeça, fico perplexo. Crendo estar diante de um milagre ou uma miragem, logo percebo que aquilo que encaro é mesmo a realidade, e que bela realidade! De longe fico a te observar, admirado. Você está lá: intacta!!! É como se o outono não existisse, o tempo não fosse bruto e a primavera perdurasse por toda a eternidade! Então me vem a certeza: “...és a flor mais especial de todo o jardim...”, mas eis que a dúvida me assombra: existe alguma certeza absoluta?

Luiz Gustavo de Souza Alves, 15 de setembro de 2007, Brasilia.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O começo

Estou postando este belo poema , de Olavo Bilac, pois não vejo modo melhor para começar as postagens desse blog! Sejam sempre bem vindos! Apreciem:


In extremis

Nunca morrer assim! Nunca morrer num dia
Assim! De um sol assim!
Tu, desgrenhada e fria,
Fria! Postos nos meus os teus olhos molhados,
E apertando nos teus os meus dedos gelados...

E um dia assim! De um sol assim! E assim a esfera
Toda azul, no esplendor do fim da primavera!
Asas, tontas de luz, cortando o firmamento!
Ninhos cantando! Em flor a terra toda! O vento
Despencando os rosais, sacudindo o arvoredo...

E, aqui dentro, o silêncio... E este espanto! E este medo!
Nós dois... e, entre nós dois, implacável e forte,
A arredar-me de ti, cada vez mais a morte...

Eu com o frio a crescer no coração, — tão cheio
De ti, até no horror do verdadeiro anseio!
Tu, vendo retorcer-se amarguradamente,
A boca que beijava a tua boca ardente,
A boca que foi tua!

E eu morrendo! E eu morrendo,
Vendo-te, e vendo o sol, e vendo o céu, e vendo
Tão bela palpitar nos teus olhos, querida,
A delícia da vida! A delícia da vida!

Olavo Bilac